SÓLIDA

Espaço Associado

Filipe Duarte
Business Developer da SÓLIDA em Portugal

Portugal, e dada a sua dimensão, tem vindo a demonstrar, ser uma das referências no que respeita aos avanços da transição energética, vem cumprindo e propondo metas, ainda mais ambiciosas no que respeita ao PNEC, tornando-se ainda muito atrativo para os atores do mercado, facto que se pode constatar com todos aqueles que hoje estão presentes com uma ou várias tecnologias, e continuam a apostar de norte a sul do país.

 

Pioneiros na construção da maior central europeia fotovoltaica flutuante, localizada na barragem do Alqueva, bem como na maior central fotovoltaica da Europa em fase de licenciamento, a Fernando Pessoa, com localização em Santiago do Cacém e uma potência de mais de 1.000 MWp, e não esquecendo o facto de se terem desligado as últimas centrais a carvão em 2021, centrais termoelétricas do Pego e Sines, muito antes do inicialmente previsto, Portugal é hoje um mercado maduro, com atores experientes e ainda grandes desafios pela frente.

 

Além de marcos significativos, que são de facto interessantes, mas que num ecossistema que está constantemente em evolução, a realidade no terreno indica que muito mais necessita ser feito, a prever desde já, o desenvolvimento da IA, ferrovia, transporte de bens e pessoas, mobilidade, eficiência energética e outros, sendo que, o consumo associado a todo este movimento, começa a revelar outros desafios ainda maiores. Há que evoluir para um ecossistema energético, eficaz e eficiente e tornando-o atrativo para os demais intervenientes, sendo um caso de equilíbrio entre a produção e armazenamento, transporte e distribuição, e por fim, o consumo.

 

E neste sentido, a hibridização de algumas centrais eólicas e fotovoltaicas, a introdução de sistemas de armazenamento (BESS) em formato stand-alone ou em centrais já existentes, otimizando a produção, irão certamente contribuir de forma significativa para alcançar as metas tão desejadas. Neste capítulo, está ainda em falta uma certa clarividência de como estes sistemas de armazenamento poderão dar o seu respetivo contributo.

 

Todo este investimento no setor da energia irá permitir que fiquemos cada vez mais independentes energeticamente, diminuindo a importação dos combustíveis fosseis e contribuindo significativamente para a neutralidade carbónica.

 

Brevemente, iremos poder aferir o impacto da simplificação dos processos de licenciamento, considerando as intenções do atual Governo, através da criação da Estrutura de Missão EMER2030 e suas ações em conjunto com todas as entidades públicas intervenientes no processo.

 

Dado o recurso abundante na Península Ibérica, já se imaginou a sua capacidade produtiva para providenciar outros países da União Europeia? E vice-versa no que respeita a outras tecnologias nos países do centro e norte da União Europeia? Uma constatação desta unificação, é o atual regime existente entre Portugal e Espanha. A União Europeia deve unir-se energeticamente para que se consolide esta transformação energética de que todos queremos e fazemos parte.

 

Como technical advisors especialistas em renováveis e associados da APREN, nós da SÓLIDA iremos continuar focados naquilo que é o nosso ADN e a contribuir ativamente para acelerar a transição do modelo energético para um sistema sustentável 100% renovável, seguro, eficiente e de baixo impacto ambiental, quer em Portugal quer nos outros países onde estamos presentes.

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